2. Chris avalia 4 carros usados antes de comprar aquele que tem a maior utilidade esperada. Pat avalia 10 carros e também deseja comprar o de maior utilidade esperada. Considerando condições de análise iguais para Chris e Pat, quem tem mais chances de comprar o melhor carro? Quem tem mais chances de se arrepender da qualidade do carro? Você conseguiria quantificar essas chances em termos do desvio padrão da qualidade esperada?
Suponha que existam n carros e dois estados diferentes, escolher o melhor carro ou não. A utilidade esperada para escolher o melhor carro dentre n carros é
Chris tem U(s) = 4p
e Pat tem U(s) = 10p
.
3. Em 1713, Nicolas Bernoulli formulou um puzzle, agora conhecido como "o paradoxo de São Petersburgo", que funciona da seguinte maneira. Você tem a oportunidade de jogar um jogo no qual uma moeda justa é lançada repetidamente até que o resultado seja "cara". A primeira vez que aparecer "cara" no n-ésimo lançamento, você ganha 2^n reais
EMV(L) = somatória de n até infinito, da probabilidade de cara aparecer na jogada n vezes a utilidade esperada.
EMV(L) = SOMA(1 até infinito, 2^-n * 2^n)
EMV(L) = SOMA(1 até infinito, 1)
EMV(L) = infinito
n = 1, U = 2, P = 0.5
n = 2, U = 4, P = 0.25
n = 3, U = 8, P = 0.125
Em torno de 4 reais, pois para ganhar mais que isso, a probabilidade já é muito baixa.
c) Daniel Bernoulli, primo de Nicolas, resolveu o aparente paradoxo em 1738 sugerindo que a utilidade monetária fosse medida usando uma escala logarítmica (ou seja, U(Sn) = a * log2 n + b, em que Sn é o estado com R$n). Qual é a utilidade esperada para o jogo sob essa suposição.
Assumindo o patrimonio inicil de (k - c), onde c é o preço do jogo:
U(L) = somatoria(1 até infinito, 2^-n * a * log2(k - c + 2^n) + b);
Assumindo k - c = 0 para simplificar:
U(L) = somatoria(1 até infinito, 2^-n * (a * log2(2^n) + b);
U(L) = somatoria(1 até infinito, 2^-n * a * n + b;
U(L) = 2 * a + b;
d) Qual seria a quantidade máxima que alguém pagaria para jogar o jogo, assumindo que essa pessoa já possui R$k?
a * log2c + b = 2 * a + b;
c = 4;
6. Prove que as preferências 𝐵 ≻ 𝐴 e 𝐶 ≻ 𝐷 no paradoxo de Allais (página 620) viola o axioma de substituição.
7. Considere o paradoxo de Allais descrito na página 620: um agente que prefere B em relação a A, e C em relação a D (assumindo o maior valor monetário esperado (EMV)) não está agindo racionalmente, de acordo com a teoria da utilidade. Você acha que isso seria um problema para o agente, um problema para a teoria, ou não há problema algum? Justifique.
8. Bilhetes para uma loteria custam 𝑅$1. Existem dois possíveis prêmios: 𝑅$10,00 com probabilidade 1/50 e 𝑅$1.000.000,00 com probabilidade 1/2.000.000. Qual é o valor monetário esperado para o bilhete da loteria? Por qual valor (se houver) seria razoável comprar um bilhete? Seja preciso - mostre uma equação envolvendo utilidades. Você pode assumir que seu saldo atual é 𝑅$𝑘 e que 𝑈(𝑆𝑘) = 0. Você também pode assumir que 𝑈(𝑆𝑘+10) = 10 × 𝑈(𝑆𝑘+1), mas você não pode assumir nada sobre 𝑈(𝑆𝑘+1.000.000). Estudos sociológicos mostram que pessoas com renda baixa compram um número de bilhetes de forma não proporcional. Você acha que isto é resultado de uma decisão ruim ou de um uso de uma função utilidade diferente?
p(10) = 1/50;
p(1.000.000) = 1/2.000.000;
EMV(L) = somatoria(1 até n, probabilidade de n * utilidade esperada);
EMV(L) = 1/50 * 10 + 1/2.000.000 * 1.000.000 = 0,70;
1. Para o mundo 4 × 3 mostrado na Figura 17.1, calcule quais quadrados podem ser alcançados a partir de (1, 1), pela sequência de ações [cima, cima, direita, direita, direita] e com quais probabilidades.
Deve-se somar a probabilidade de ir para aquele quadrante a cada passo do tempo. Por exemplo:
- No primeiro passo, existe probabilidade 0,8 de ir para (1,2), 0,1 para ficar em (1,1) e 0,1 de ir para (2,1);
- Para continuar em (1, 1) existe probabilidade 0,1^2, caso ainda esteja em (1, 1), e probabilidade 0,1^2 caso esteja em (2,1), somando um total de 0,02;
(ver solucionário)